Hoje de manhã, a leitura que acompanhou o meu café foi deliciosa...
Não resisti a partilhar a opinião de Ferreira Fernandes no DN.
Para mim é sem açúcar, por favor.
«O meu homem do café é um tolo: julga servir-me café. Quando o que ele faz, todos os dias, é dar-me consulta. Por 50 cêntimos ele previne-me do mal de Parkinson, cura-me a depressão e afasta- -me os diabetes. Diz, simplório: "Aqui está a bica." E dá-me vitamina B, lípidos e aminoácidos. E, óptimo nestes tempos chuvosos, antioxidantes. Não satisfeito na generosidade, oferece- -me um pó cristalino, um dissacarídeo. Abusador, exijo sempre outro: "Docinho, docinho, porque amarga basta a vida." Esta minha frase é reveladora: eu entro no café do sr. Amílcar para me tratar. E o homem trata-me. Entro obtuso, saio eufórico (a receita põe a trabalhar as dopaminas e acorda-me). Já o dr. Pratas é uma fraude, soube agora. Receitava-me Prozac, que é só um placebo, um pacotinho de açúcar que tem vergonha da verdade. Um placebo pode enganar todo o mundo, mas não sempre. Já o sr. Amílcar, eu posso enganá-lo sempre, pagando-lhe como dono de ca-fé, quando ele é um eficaz psiquiatra.»
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3 comentários:
Muito obrigado pela partilha. Mesmo eu, que detesto café, achei delicioso.
De nada :)
i need a coffee break :)
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