segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Yes we can


Estes americanos são terríveis. Nos últimos tempos, têm chovido notícias sobre a corrida eleitoral na terra da Sala Oval. Mais recentemente, o grande tema tem sido não tanto a disputa entre direita (facilitemos chamando-lhes Democratas) e ainda mais direita (chamemos-lhe Republicanos) mas a querela entre Barack Obama e Hillary Clinton.
Para mim, o fundamental é que os Republicanos fiquem longe do poder e acredito que é isso que vai acontecer. McCain nem o seu partido convence e, caso a cobertura mediática que chega a Portugal seja representativa da americana, ele tem sido tão ofuscado pelo duelo dos telegénicos Obama e Clinton que calculo que a sua popularidade esteja a milhas da de qualquer um destes dois.
De qualquer forma, confesso que gosto cada vez mais de Obama. Primeiro porque acho Hillary dondoca, conservadora encapotada e com pouco estofo para o cargo. E depois porque Obama me parece uma lufada de ar fresquinho.
Bem sei que fosse eu americano e estaria na coutada eleitoral do senador do Illinois. Mas admito que o "Yes we can" me empolga e nem sequer tem nada a ver com a Scarlett Johansson. Entusiasma-me a ideia de deixar de ver na televisão as tomadas de posição do inenarrável presidente Bush (o que só por si será maravilhoso) para ver as de Barack Obama (o que poderá não ser mau de todo). Se tudo não passa duma operação de markerting, comigo resulta muito bem. Comecei esta campanha sem achar especial piada a ninguém e neste momento já só torço por Barack.
Esperemos pelo desfecho das eleições, conscientes de que até ao lavar dos cestos é vindima. Afinal, num país onde o candidato com mais votos perde as eleições, não é impossível que o próximo presidente acredite que todos os humanos são filhos de Adão e Eva.

1 comentário:

Filipe Gouveia de Freitas disse...

Vá, a Hillary até é dondoca. Mas imagina as fotografias para os famosos e americaníssimos Christmas Cards que não saíriam duma presidência Clinton. Os EUA passariam a ser um país a sério com 5horas diárias obrigatórias de Martha Stweart e outras tantas de Oprah Winfrey. É verdade que a Martha é republicana, mas também é verdade que muitas vezes a Hillary brinca bem a essas coisas. Enfim, seria um mimo de educação, bom gosto e boas maneiras, até porque ela já deve ter instruído o Bill (possivelmente com ajuda da Martha) a ser o Primeiro-Cavalheiro perfeito e a fazer aquele maravilhoso souflé para os convidados. Assim, quando o Bill estiver entretido a receber as Primeiras-Damas dos outros países já tem receitas para a troca.