sexta-feira, 30 de outubro de 2009

When Latex's Over

Ainda antes de eu conhecer esta música da Kelly Rowland (para quem não conhece é uma das jeitosas ex-Destiny's Child), supostamente chamada "When Love Takes Over", um amigo manifestou-me a sua desconfiança em relação à verdadeira letra da canção. Depois de ouvir atentamente tão bela composição musical, não me restam mais dúvidas de que as passagens que marquei a bold são mesmo como o N.F. sugere.

Deixo aqui a minha homenagem ao génio auditivo dele e convido-vos a ouvir a música, por exemplo aqui, acompanhados da letra real, aqui:



"It’s complicated
It always is
That’s just the way it goes
Feels like I waited so long for this
I wonder if it shows

head under water
Now i can't breath
It never felt so good
‘Cause i can feel it coming over me
I wouldn’t stop it if i could

When latex’s over (yeah-ah-eah)
You know you can’t deny
When latex’s over (yeah-ah-eah)
‘Cause something’s here tonight

Give me a reason
I gotta know
Do you feel it too?
Cant you see me here on over load
And this time I blame you
Looking out for you to hold my hand
It feels like I could fall
Now love me right, like I know you can
We could lose it all

When latex’s over (yeah-ah-eah)
You know you can’t deny
When latex’s over (yeah-ah-eah)
‘Cause something’s here tonight
Tonight, tonight, tonight, tonight, tonight, tonight (keep saying)

I'll be loving you all the time its true.
Cause i wanna make it right with you ...

When latex’s over(x6)
when latex’s over over over over over
over over over over over over!

When latex’s over (yeah-ah-eah)
You know you can’t deny
When latex’s over (yeah-ah-eah)
‘Cause something’s here tonight"


Aposto que agora já percebem a angústia com que a moça guincha durante a música.

sábado, 22 de agosto de 2009

Apartheid

Chegámos à porta do Lux e atendeu-nos (ia escrever “recebeu-nos”, mas não seria correcto) uma mulher nórdica, trinta e muitos, loura e bonita, dentro de um elegante vestido preto que contrastava harmoniosamente com a cor dos cabelos e da pele.

“Quantos são?”, perguntou numa língua parecida com português, enquanto nos olhava de alto a baixo. Um olhar poderoso, do alto do forte desnível estrategicamente criado para que ela e os dois gorilas lavadinhos que a ladeavam se mantivessem 20 ou 30 centímetros acima dos clientes.

A nossa resposta – “Sete.” – fê-la balbuciar qualquer coisa como “Têm o nome na guestlist?”

Depois, com um ar constristado: “Se não, têm de pagar consumo mínimo de 240 euros.”

Enquanto lhe atirava um “obrigado” e virava as costas, procurei uma razão.

Antes e depois de termos tentado entrar, enquanto esperávamos uns pelos outros, tive oportunidade de ver várias pessoas submeterem-se ao crivo da porteira (que deve preferir um nome pomposo qualquer, estilo “RP”) e cheguei a várias conclusões.

Não fomos “barrados” por sermos demasiados – entraram bandos maiores. Nem por sermos demasiados homens – éramos quatro para três e entraram grupos mais desequilibrados. A roupa também não pode ter sido o motivo – a t-shirt decente e as calças de ganga que a “média” do grupo vestia são semelhantes às que usei em outras ocasiões em que ali entrei e às que a maioria dos clientes usa.

Por muito que pense nisso, não consigo encontrar outra explicação menos terrível: dos sete, dois eram pretos e um indiano.

Não sou assim tão hipócrita: já elogiei a ausência de “chungaria” em certos sítios. Mas também já entrei no Lux e garanto que preferia ver aquilo cheio de pretos, amarelos e peles vermelhas, bem ou mal vestidos, do que saber que, todas a noites, neste e noutros sítios tão supostamente cosmopolitas várias pessoas passam pela humilhação de ser excluídos só porque sim.

Muita gente se admira quando certos barris de pólvora explodem, como se tem verificado, ano após ano, com a população dos bairros sociais franceses a revoltar-se contra a restante sociedade. A mim, confesso, não me surpreende mesmo nada. Basta não estar demasiado embriagado com as bebidas caras e a música disparada pelas colunas do Lux e vir até à porta sentir o silêncio gelado para se compreender como cresce o ódio.

Sei que estou a escrever a quente e reconheço uma dose de ingenuidade no meu raciocónio. Mas ontem, quando um dos dois turistas (italianos?), também “barrados”, baixou os calções para que a porteira nórdica pudesse apreciar um bom rabo latino, eu, que nem costumo achar grande piada a coisas dessas, ri-me à gargalhada e com sinceridade.

O perturbante é que não sei se também não achava graça se, na mesma noite, os turistas, à semelhança dos jovens dos bairros socais franceses, tivessem, por exemplo, incendiado o carro da nórdica giraça ou do patrão dela.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Miss Parlamento


O Louçã e o Sócrates andam pegados, numa disputa pela Joana Amaral Dias, em tempos conhecida como a Barbie do Bloco.
Só não percebo porque nunca houve lutas destas pela Ferreira Leite ou pela Odete Santos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Um assunto de venda ou de morte

O Jornal de Notícias de hoje traz uma pequena brochura de vinte e poucas páginas sobre o sector funerário. Rituais fúnebres no mundo, entrevistas a cangalheiros e novidades sobre urnas ecológicas são alguns dos conteúdos que se podem encontrar na pequena brochura.
No canto inferior da capa, nas habituais letras minúsculas, pode ler-se: "Este guia faz parte integrante da Edição n.º 281 de 9 de Março de 2009 e não pode ser vendido separadamente".
Ainda bem que avisam. Já receava que houvesse um assalto às tabacarias, quiosques e estações de serviço não para comprar jornais mas sim a entusiasmante publicação "Agentes funerários. A caminho da desejada profissionalização".

Pânico Verbal VI

RC:

- Não tenho nenhum problema em dormir com gajos.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Hey RC!

RC: a música chama-se Hey Ya! E é dos OutKast.

Shake it, shake it like a Polaroid Picture!

ps. nem mesmo a credibilidade de coelhinha coloca em causa uma memória de elefante!

Pânico Verbal V

SG (ontem no cantinho de S.José - ou seria Sr.José?):

- O meu objectivo é um miúdo de quatro anos.