
Sem ser um grande filme (Sam Mendes é, de facto, sobrevalorizado pelo seu Beleza Americana) Revolutionary Road é, no entanto, uma espantosa teia de representações, a começar pela "certeza de sempre" Kate Winslet (o Oscar fica-lhe tão bem), Leonardo DiCaprio e os dez minutos arrebatadores de Michael Shannon (o louco mais lúcido que habita aquele cantinho intocável e limpinho do Connecticut e da classe média dos anos 50). Uma corrente de ditos e não-ditos, de vontades contra vontades, de sonhos contra sonhos. Um espelho daquilo que queremos ser e cujo reflexo, talvez por inércia ou (pior) por medo, deixamos desvanecer.
Frank Wheeler - "All I know is that I want to feel things. Really feel them. How’s that for an ambition?"
1 comentário:
"Hopeless emptiness. Now you've said it. Plenty of people are onto the emptiness, but it takes real guts to see the hopelessness".
Sim JP, o louco é assustadoramente lúcido.
Enviar um comentário